terça-feira, 21 de junho de 2011

Castelo em Ruínas.

Se o Brasil fosse um castelo ele seria a tempos atrás um casebre com reis esforçados e uma bela vista para o mar, florestas exuberantes e um povo feliz.
Tornou-se um casarão com reis cada vez mais preguiçosos e despreocupados com a população, a vista cheia de favelas, um cristo que não protege ninguém, grandes estádios para garantir circo, porque o pão já é pouco, e um povo que finge estar contente, mas sofre as conseqüências do seu governo e de um passado histórico de lutas, sofrimento, escravidão e morte.
Hoje, a fachada já não é tão bela. Os príncipes são sapos de feitiço irreversível. Os contos de fadas já não têm um palco descente e seus finais não são mais tão felizes. As princesas de outrora viraram rainhas do funk. Os cavalos brancos tornaram-se carros de racha. As fadas madrinhas ainda existem e são as mesmas, porém a crença nelas morreu.
O país está em declínio intelectual. É por isso que essas mudanças para pior acontecem.
A cultura brasileira formada pelas etnias colonizadoras, os índios e os negros vem sido perdida e trocada pelo lixo estrangeiro enfiado por nossas gargantas a cada despertar com músicas, propagandas, filmes, marcas e modelo de vida. Tudo impulsionado pela globalização, a mídia e o capitalismo norte-americano.
A partir do momento da chegada dos portugueses já fomos importunados a mudar.  Aceitar a sua cultura e viver à sua maneira. Aí escravizaram os índios, os exploraram e quando se cansaram de matá-los, pois se recusavam a sucumbir às suas ordens, procuraram um novo povo em mares distantes para os servirem. Os negros passaram por humilhações ainda piores na condição de escravos.
A democracia venceu. O povo foi liberto da escravidão trabalhista, em hipótese. Mas ainda sofreu muito por não haver boas condições de vida, educação, arte e cultura, que nunca foi devidamente apoiada no Brasil, daí os reflexos das ruínas do castelo.
Nesse momento os frágeis alicerces do castelo estão a ponto de cederem, pois a juventude controlada e manipulada por padrões sociais impostos pela mídia e por seus “ídolos” vêm sendo cada dia mais privada de cultura puramente nacional e de educação básica de qualidade.
Quem conhece o passado histórico do Brasil entende que o nosso passado de colônia explorada nos permite ter essa mediocridade que nos torna fadados a sermos escravos sempre, seja do governo, do sistema, das potências mundiais ou apenas de um líder mais carismático que nós mesmos.
Fatidicamente perdemos amigos todos os dias para o modismo. Perdemos nós mesmos. Perdemos o bom senso.
A única maneira de lutar contra isso é fortalecendo nossa população para manter o senso crítico escolhendo o melhor para cada um, fazendo aquilo que lhe agrada e mais nada.
Lutemos por uma educação melhor. Uma população culta vota bem, luta pelos seus direitos e é garantia de sucesso do país. Pois se o castelo todo depende de nós, a economia pode até ir bem, mas se os pilares do conhecimento não o sustentarem ele arruinará da mesma forma.


 Sigam-me! @keillysrm

2 comentários:

  1. Caraca, Keilly :)
    Você está mandando muito bem na escrita.
    Parabéns pela visão, pelo senso crítico.
    Tô sempre por aqui
    Beijos =*

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  2. Muito bom Keilly.
    Você está de parabéns, continue escrevendo.
    Bjs

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